quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Selo vai certificar socioambientalmente a produção rural brasileira

Foi lançado na semana passada na cidade de Marianópolis (TO), o selo Origine, destinado à certificar socioambientalmente a produção rural brasileira. O certificado será concedido para propriedades legalizadas e adequadas a procedimentos padronizados nos cuidados sanitários, no manejo alimentar e no controle de qualidade genética.

Segundo nota da "Agência Brasil", o idealizador do selo, o pecuarista Júlio Resende, acredita que além de melhorar a qualidade dos produtos agropecuários, a iniciativa vai ampliar as possibilidades de mercado. "O Origine é um selo que tem preocupações sociais e ambientais com uma âncora econômica. Ele vem estimular a multifuncionalidade das fazendas, para que elas conheçam e potencializem novas oportunidades de negócio", diz.

Outros benefícios para os produtores que receberão o selo, segundo Resende, serão a modernização das práticas rurais e a melhoria no armazenamento de dados. "O [produtor que tiver o certificado] selo vai conectar via satélite todas as fazendas participantes para que compartilhem informações. Isso também vai proporcionar mais visibilidade para a produção brasileira no exterior", explica.

Um dos pilares defendidos pelo criador do selo é a produção com responsabilidade ambiental. "O Origine vai estabelecer um modelo de produção baseado na gestão dos recursos naturais e na conservação da biodiversidade. A idéia é promover a sensibilização de todos os envolvidos para desenvolver alternativas econômicas sustentáveis por meio de melhores práticas de manejo para fauna e flora", destaca.

Para demonstrar as características necessárias para a certificação, uma fazenda modelo foi criada em Marianópolis. A propriedade rural, voltada para atividades pecuárias, servirá como modelo do desenvolvimento de práticas do projeto.

De acordo com Resende, as instalações da fazenda têm recebido adaptações desde o ano 2000 para orientar os interessados em adquirir o selo. Ele informa ainda que vários laboratórios de pesquisa já estão em funcionamento na propriedade, que recebeu cerca de 15 milhões de euros em investimentos.

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