quinta-feira, 28 de junho de 2007

Futuro do agronegócio exige métricas de sustentabilidade

Vivemos uma rápida mudança no conjunto de crenças e valores que até agora regiam a condução de empreendimentos e negócios, em todos os setores da economia. O desmontar de sólidos conglomerados globais, à revelia de acurados pareceres de auditoria elaborados por empresas multinacionais de inquestionável credibilidade, aponta para sérias fragilidades no conjunto de parâmetros e requisitos considerados no diagnóstico das organizações.

Afinal, o que esta por trás dessa profunda rachadura nos alicerces de estabilidade e segurança de nossas organizações, em especial àquelas que integram o universo dos agronegócios, como Parmalat e Círio, para lembrar as mais recentes? Trata-se, e muito se tem falado sobre isso, da rápida e às vezes pouco compreendida mudança nos paradigmas até agora adotados no exame da “saúde” dessas empresas, especialmente no tocante aos agentes do agronegócio, com a enorme diversidade de atores envolvidos em toda a cadeia agroindustrial.

De um lado, o conflito entre os conceitos tradicionais da Economia Neoclássica com os da Economia Ecológica. Para a Economia Neoclássica, os mecanismos de mercado são “meios para indicar a importância relativa dos efeitos nocivos do desenvolvimento econômico e para expressar a disposição da sociedade em pagar para amenizar os danos causados”. Para a Ecológica, onde “o limite para o crescimento é aquele imposto pelo ecossistema” a economia, quando cresce, “desaloja, se apropria de uma parte do ecossistema”.

Estamos falando da incapacidade de mecanismos de equilíbrio do mercado e livre arbítrio do consumidor evitarem, sozinhos, os males do crescimento econômico injusto e desigual e de todas as decorrências daí resultantes. Como resultado, o crescente reconhecimento da necessidade de se contar com outros mecanismos capazes de corrigir / ajustar tais efeitos. A antiga máxima da alocação eficiente dos recursos, soma-se a justa distribuição dos benefícios e a operação em escala sustentável no sistema global.

Outro lado da equação diz respeito, também aqui especialmente no agronegócio, a complexidade em se reconhecer as interconecções existentes entre os diferentes âmbitos que compõem o ecossistema que encerra a empresa e seu ambiente. Antes de operarem de forma estanque, estão esses âmbitos ligados entre si e operando de forma interdependente. Desenvolve-se aí o conceito de “sustentabilidade”, em suas dimensões ecológica (qualidade ambiental), social (equidade) e econômica (rentabilidade) que, interconectados, passam a representar importante instrumento de redução de riscos e de certificação da capacidade de agregar valor a longo prazo.

Na definição de “De Camino & Mulller, 1993”, “a sustentabilidade ecológica implica na manutenção no tempo das características fundamentais do ecossistema sob uso quanto aos seus componentes e suas interações; a sustentabilidade econômica se traduz por uma rentabilidade estável no tempo; a sustentabilidade social está associada à idéia de que o manejo e a organização do sistema são compatíveis com os valores culturais e éticos do grupo envolvido e da sociedade ...”. Na visão do físico e escritor Frtjjof Capra, uma “Comunidade Humana Sustentável é aquela que não interfere na habilidade inerente à natureza de sustentar a vida”.

No campo do agronegócio, Altieri definiu Sustentabilidade Agrícola como a “capacidade de um agroecossistema de manter a produção por meio do tempo na presença de repetidas restrições ecológicas e pressões socioeconômicas”. Na busca do atendimento de todos esses conceitos se colocam, frente a frente, duas escolas principais, cada uma com suas crenças e valores a defender interesses políticos e econômicos particulares.

De um lado, os que defendem a simples correção dos atuais sistemas produtivos. De outro, aqueles para os quais só uma mudança estrutural profunda será capaz de interromper os malefícios de uma exclusão crescente, brutal distanciamento entre ricos e pobres, prejuízos aos nossos solos e águas, diminuição da biodiversidade, para não dizer das assustadoras previsões de mudanças climáticas.

Só o desenvolvimento de metodologias apropriadas para a análise qualitativa e quantitativa da presença, em todos os elos da cadeia, dos atributos de sustentabilidade e de seus efeitos, será capaz de apontar com quem esta a razão. O resto é especulação. Para isso, é necessário o estabelecimento de indicadores que reflitam não só a presença desses atributos, mas suas possíveis alterações, para cada um dos âmbitos ambiental, social e econômico.

Segundo J. M. Gusman Ferraz , da Embrapa Meio Ambiente, é consenso geral que esses indicadores devem ser capazes não apenas de “sinalizar” a existência de determinada degradação no sistema, mas também de “advertir” sobre potenciais perturbações. Adverte ainda o especialista, “para cada agroecossistema deve ser definido um conjunto particular de indicadores em função das condições agroecológicas e socioeconômicas presentes em cada região, do perfil dos usuários finais da informação, da disponibilidade de informações existentes e dos custos envolvidos na geração de novos dados, se necessário”.

Vale lembrar que esses indicadores de sustentabilidade deverão permitir, conforme já referido, o monitoramento das dimensões ambiental, social e econômica contempladas no conceito de sustentabilidade, sem o que não poderão refletir os eventos ocorrentes em todo o universo que envolve a empresa e os diferentes atores que gravitam em torno dela.

Parece claro que de posse de tais indicadores, aplicados a partir de processos transparentes levados a efeito por empresas e especialistas isentos e bem preparados, se poderá assegurar os verdadeiros ganhos advindos da redução dos riscos e da agregação de valor para essas empresas, já mencionados. Refletidos esses atributos nos ativos tangíveis das organizações, se estará assegurando a correta expressão econômica desse diferencial em relação aos seus concorrentes, com efeitos diretos no mercado e em suas relações com investidores e agentes financeiros.

Começa aí a verdadeira transformação na sociedade. Empresas e stakholders, estes últimos entendidos como todo o universo de “atores” que gravitam em torno dela, direta e indiretamente afetados por sua ação, estarão exercitando uma forma diferente de se relacionar, pautada a partir de novos paradigmas capazes de apontar na direção de uma sociedade mais justa e igualitária.

* José Carlos Pedreira de Freitas é Diretor da HECTA Desenvolvimento Empresarial nos Agronegócios - hecta.sp@uol.com.br

terça-feira, 26 de junho de 2007

Dica de livro: Os desafios da sustentabilidade: uma ruptura urgente

O presidente executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável – CEBDS, Fernando Almeida lançou seu segundo livro, “Os desafios da sustentabilidade: uma ruptura urgente” pela Editora Campus Elsevier.

Engenheiro sanitarista por formação com mestrado em Engenharia do Meio Ambiente pelo Manhattan College, Fernando foi diretor de Meio Ambiente e Meteorologia da campanha RIO 2004 e presidente da Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente – FEEMA.

Um dos responsáveis pela implantação no Brasil, de conceitos como ecoeficiência e desenvolvimento sustentável, Fernando é professor da Coppe/UFRJ e integrante do board do Millenium Ecosystem Assessments (Avaliação Ecossistêmica do Milênio), da ONG World Resources Institute (WRI).

No livro, o autor aborda os desafios da sustentabilidade como um dramático dilema de todos nós, em três blocos principais. No primeiro, ele discorre sobre o estado dos serviços ambientais, as razões da urgência e o comportamento dos sistemas naturais.

No seguinte, como implantar as mudanças pela via da ruptura estruturada como forma de desviar nosso futuro da rota da tragédia social e ambiental. E, por último, mostra quem vai operar as mudanças, apontando para a formação de líderes da sustentabilidade.

A obra traz, ainda, casos concretos de empresas líderes de mercado (3M, Alcoa, Amanco, Ambev, BP, Bradesco, CST-Acelor Brasil, Dupont, GE, Holcim, Itaú, Michelin, Plantar e Philips) e de ONGs que já estão no rumo da mudança, apresentando aos leitores os pontos-de-vista de quatro personalidades de destaque neste contexto: Fábio C. Barbosa, Presidente do Banco Real; Alain J. Belda, presidente da Alcoa Internacional; Chad Holliday, presidente da Dupont e Björn Stigson, presidente do World Bussiness Council for Sustainable Development (WBCSD).

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Palestra trata do desafio da sustentabilidade Empresarial sob o ponto de vista da indagação "Ser ou Parecer Verde"

A SustentaX, empresa de engenharia de sustentabilidade, promove, em parceria com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (CCIBA), a palestra "Sustentabilidade Empresarial: Ser ou Parecer Verde", nesta quarta-feira (27), às 8h30, na CCIBA - Rua Verbo Divino, 1.488 - 3° andar, Chácara Santo Antônio, São Paulo-SP -. Inscrições podem ser feitas pelo e-mail eventos@ahkbrasil.com ou pelo telefone (11) 5187-5140.

O palestrante será Newton Figueiredo, presidente da SustentaX, que discutirá o risco da corrida das empresas em ser mostrarem "verdes" e que tal atitude pode criar uma imagem de responsabilidade socioambiental insustentável e provocar efeitos que venham a denegrir a imagem e os negócios da empresa. O executivo abordará como implementar novos caminhos de conceitos sustentáveis nas organizações.

Está aí um exemplo interessante de debate, que coloca em pauta a "discussão responsabilidade socioambiental adicionada à identidade institucional e à estratégia de negócios da empresa ou responsabilidade socioambiental como puro marketing."

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Consumidores aceitam pagar mais por produtos socioambientalmente responsáveis

Recente estudo do instituto de pesquisas de mercado e opinião pública Market Analysis em parceria com a ONG Akatu aponta que 33% dos consumidores brasileiros adotam ações conscientes na hora das compras, o que representa uma em cada três pessoas.

O levantamento revela que 37% dos entrevistados afirmam pagar mais por materiais não-nocivos ao meio ambiente, oito em cada 10 consumidores que manifestaram disposição a pagar mais, aceitariam um sobrepreço de 25% a 35% pela mercadoria com selo ambiental.

"A imagem da empresa está diretamente ligada à venda de seus produtos. Para os consumidores, empresas que utilizam mão de obra infantil e fazem propaganda enganosa têm sua imagem denegrida e queda nas vendas", explica Fabián Echegaray, diretor geral da Market Analysis. Um exemplo concreto que praticar ou não responsabilidade socioambiental impacta diretamente no caixa das empresas.

Confira a íntegra da pesquisa clicando aqui.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Embrapa Trigo incorpora à sua missão institucional a responsabilidade social

A Embrapa Trigo, de Passo Fundo/RS, vem incorporando à sua missão institucional a responsabilidade social como um valor. "O interessante é que haja consciência diante do papel social que devemos exercer e, especialmente, que as empresas e as pessoas procurem interagir na sociedade por meio de iniciativas voltadas para minimizar as desigualdades", explica Gilberto Cunha, chefe-geral da insituição.

É um sopro de boa expectativa saber que o responsável pela unidade de uma instituição referência do setor tenha este discurso. Será por meio de exemplos como este, de uma organização respeitada tecnicamente no meio, como a Embrapa, que a responsabilidade socioambiental irá se expandir entre os agentes do agronegócio, em especial produrores rurais e agroindústrias.

O chefe de comunicação e negócios da Embrapa Trigo, Osvaldo Vieira, conta que o envolvimento social da Unidade começou com a iniciativa de alguns trabalhadores por meio de ações individuais que foram se transformando em grandes projetos. "Trabalhamos inclusão social, inclusão de mulheres, cursos, atividades junto à creches e temos a união com diferentes entidades. Isso, não está na missão da Unidade, mas essa atividade é um dever para a empresa".

Regina Fontaneli, empregada da Embrapa Trigo e referência em ações sociais dentro da empresa, conta que os trabalhos iniciaram há mais de 30 anos. Segundo ela, tudo começou com a boa vontade de alguns empregados por meio de contribuições espontâneas, que continuam até hoje. A idéia inicial era de ajudar creches, mas, com o passar dos anos, o interesse do pessoal em ajudar foi aumentando e novas ações foram construídas.

"O foco hoje está desde a doação de roupas, móveis, alimentos, material escolar. Ajudar a quem precisa". Fontaneli ainda complementa que, acontecem, na empresa, desde pequenas ações para ajudar os colegas até o auxílio à grandes projetos sociais envolvendo o governo e a comunidade local.

Canal Rural irá compensar emissões de carbono

O Canal Rural lançou programa para quantificar a sua emissão de gás carbônico da atmosfera e neutralizar seus poluentes por meio do plantio de árvores. A emissora contratou a Max Ambiental, empresa de finanças e marketing ambiental, para pesquisar a quantidade de poluentes emitidos e também elucidar uma forma de compensação.

O estudo soma itens como uso de energia, deslocamento aéreo e rodoviário e lixo gerado para chegar a um resultado. O cálculo apontou que todas as instalações do Canal Rural (sede em Porto Alegre e filiais em São Paulo, Brasília, Uberaba e Londrina) emitiam por ano 211,6 toneladas de CO2. Com esse número, a empresa determinou a quantidade necessária de árvores a serem plantadas para neutralizar as emissões poluentes da emissora. Serão mais de mil árvores anualmente.

"Queremos mostrar aos nossos telespectadores e anunciantes que investir em ações de responsabilidade socioambiental é algo importante para preservarmos o futuro, mas também pode ser um bom negócio", diz Donário Lopes de Almeida, gerente executivo do Canal Rural. Para efetivar as ações, o Canal Rural fechou uma parceria com a SOS Mata Atlântica. Nesta primeira etapa, serão plantadas 1.059 mudas de árvores em uma região próxima de São Paulo.

A compensação da emissão de CO2 via plantio de árvores está se tornando a prática mais comum no tocante a projetos de responsabilidade ambiental. É na verdade um primeiríssimo passo para busca da sustentabilidade de uma organização, que envolve a construção de um novo planejamento estratégico. Entretanto, a iniciativa do Canal Rural é valorosa pelo ato em si e também pela mensagem-chave que será disseminada e poderá servir de impulso a novas ações no setor.

Ferramenta tecnológica auxilia a medição de indicadores de responsabilidade social corporativa

Dia 26 de junho, a Itautec e a BDO Trevisan anunciam, em São Paulo (SP), parceria e apresentam o Syscore de Responsabilidade Social Corporativa (RSC), ferramenta desenvolvida pela empresa InfoQuality, que tem como objetivo auxiliar no acompanhamento de indicadores de sustentabilidade empresarial.

No evento também serão apresentados um panorama atual da responsabilidade social no País e os avanços desse tema na questão sustentabilidade empresarial.

Programação

# 9h - Abertura
com Antoninho Marmo Trevisan, presidente da BDO Trevisan Auditores

# 9h10 – Panorama atual da Responsabilidade Social
com Lívio Giosa, presidente do Instituto ADVB de Responsabilidade Social

# 9h20 – Sustentabilidade, o avanço da Responsabilidade Social
com Mauro Ambrósio, sócio da BDO Trevisan Auditores

# 10h30 – A ferramenta Syscore RSC – informações técnicas e práticas
com Marcelo Melgaço, diretor comercial da InfoQuatily

# 11h10 – Case BicBanco
com Lúcio Flávio Franco, executivo de Planejamento Gestão e Controle

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Exemplo da Bovespa deveria ser seguido pelos agentes do agronegócio

A quarta edição do Dia da Responsabilidade Socioambiental Bovespa, comemorado dia 12 de junho, arrecadou cerca de R$ 420 mil em emolumentos (taxa que incide sobre o valor negociado), gerados pelas compras de ações realizadas durante o dia. Os recursos serão destinados a ONGs listadas na Bolsa de Valores Sociais e Ambientais (BVS&A), principal iniciativa socioambiental da Bovespa.

Está aí um exemplo a ser seguido. Os conglomerados do agronegócio, os grandes agricultores, pecuaristas, poderiam segui-lo. Não se trata de filantropismo. Esse tempo já passou. Trata-se sim de adicionar ao vértice econômico do negócio, os ângulos social e ambiental, que formam a tríade, disseminada por este blog, como a da sustentabilidade.

Uma grande usina, por exemplo, poderia direcionar o faturamento de um determinado período (seja hora, jornada, dia) para um programa de capacitação dos trabalhadores que labutam na colheita. Isso é investimento social. Ou ainda, um pecuarista, poderia dedicar parte de uma venda a um projeto que tratasse da conservação e fertilidade do solo. Isso é investimento ambiental. Seriam iniciativas que não acabariam em si. Gerariam frutos a todos.

Sobre a BVS&A

Para se tornar um “investidor socioambiental” é preciso acessar o site , escolher um ou mais projetos listados na carteira da BVS&A e fazer a doação. Na medida em que recursos doados atingem o valor total ou de cada uma das etapas do projeto listado, são repassados integralmente pela Bovespa à Organização Social, sem qualquer cobrança de taxa ou dedução.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Desafio do agronegócio é disseminar a sustentabilidade em toda cadeia produtiva

A responsabilidade socioambiental como processo para busca da sustentabilidade no agronegócio foi tema de painel exclusivo no primeiro dia - terça, 12 de junho - da Conferência Internacional Empresas e Responsabilidade Social 2007, promovida pelo Instituto Ethos, em São Paulo (SP).

Com moderação do professor Décio Zylbersztajn, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA-USP), a mesa-redonda “Compromissos socioambientais na agricultura” contou ainda com Cláudio Valladares Pádua, da Iniciativa Brasileira de Verificação da Atividade Agropecuária, Jason Clay, vice-presidente da World Wildlife Fund (WWF), Fábio Trigueirinho, secretário-geral da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), e John Elkington, da SustainAbility.

Segundo Jason Clay, as pressões sobre as grandes empresas produtoras de alimentos podem ser sentidas em diversos casos, mas em geral elas não atingem toda a cadeia produtiva e, objetivamente, produzem baixos resultados.

O caso da Coca-Cola, que reduziu o consumo de água em sua linha de produção (de quase 4 litros para 2,7 litros de água por litro de refrigerante), pode ser considerado uma grande iniciativa. Mas o uso de quase 300 litros de água para a produção do açúcar necessário para se obter o mesmo litro do produto não sofreu alteração.

Para otimizar os resultados da luta pela sustentabilidade, de acordo com o vice-presidente da WWF, é preciso adotar uma estratégia seletiva, focalizando as empresas em toda a sua cadeia produtiva e principalmente aquelas que mais provocam impacto sobre os recursos naturais. As questões-chave, segundo Jason, se situam “na redução do consumo, na criação de fontes renováveis e na garantia da biodiversidade”.

Para Cláudio Valladares Pádua, da Iniciativa Brasileira de Verificação da Atividade Agropecuária, esse esforço de acompanhamento de todos os elos da cadeia produtiva deve passar por um consenso que envolva todas as partes interessadas a fim de se chegar a um acordo sobre a utilização dos recursos naturais.

O Brasil, segundo ele, é uma grande potência no mercado de commodities agrícolas e precisa chegar a padrões mínimos, tendo em vista a redução da perda de habitat e de água e a conservação da biodiversidade.

Na área da produção de soja, a experiência de verificação da cadeia produtiva foi relatada pelo secretário-geral da Abiove, Fábio Trigueirinho. Segundo ele, o setor constituiu recentemente uma mesa-redonda composta por três câmaras integradas por representantes dos produtores, da indústria, do comércio, de instituições financeiras e da sociedade civil. Esse organismo se encontra atualmente em fase de formulação de princípios e critérios, que deve levar ainda cerca de 18 meses para ser concluída.

Entre as iniciativas já acordadas estão a moratória da produção de soja na região amazônica, com o compromisso dos traders de suspender a compra de grãos originários dessa região, e a criação do Instituto para o Agronegócio Responsável (ARES) - vide post neste blog aqui. Além disso, segundo ele, discutem-se meios de agregar valor ao produto, como forma de melhorar a sustentabilidade.

Em sua exposição, John Elkington, da SustainAbility, se mostrou bastante pessimista em relação à capacidade global de alimentar mais de 9 bilhões de pessoas, ainda neste século. “Eu não sou religioso, mas acho que vamos precisar de um milagre para atingir esse objetivo”, brincou.

Apesar disso, Elkington deu exemplos de empresas globais que desenvolveram projetos inovadores para aumentar a produtividade agrícola envolvendo algumas das populações mais pobres do planeta. Será preciso, em sua opinião, contar com essa capacidade de criar soluções inesperadas em áreas como a de alimentos geneticamente modificados, ou dos chamados alimentos funcionais. Com informações do "Instituto Ethos".

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Palestra ensina como as organizações podem obter vantagens competitivas através de atitudes corporativas socioambientalmente responsáveis

John Elkington, CEO da consultoria inglesa SustainAbility, referência mundial em sustentabilidade, biodiversidade e consumo consciente, é o convidado internacional do II Diálogos Sustentáveis, programa de debates criado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) para incentivar as empresas brasileiras a identificar oportunidades de negócios (produtos e serviços) geradas pela biodiversidade. O evento, aberto ao público, acontece nesta quinta, dia 14/06, em São Paulo, no Centro Brasileiro Britânico, das 9h30 às 13h.

Em sua palestra, Elkington falará sobre a biodiversidade e o engajamento dos stakeholders (agentes e públicos de interesses) nas decisões das empresas e de como as organizações podem obter vantagens competitivas através de atitudes corporativas socioambientalmente responsáveis.

Para os agentes do setor rural é uma ótima oportunidade de identificarem caminhos que aliem preservação ambiental mais respeito com o entorno social às suas respectivas estratégias de negócio. Esta é a rota de um verdadeiro agronegócio responsável. O segmento precisa fortalecer esta consciência e transformá-las em ações, que promovam sua própria sustentabilidade, a do ambiente a que pertencem e a dos públicos envolvidos.

A consultoria SustainAbility, organização internacional com foco em responsabilidade social e desenvolvimento sustentável, acaba de lançar a pesquisa “Raising Our Game: Can We Sustain Globalization?”/ “Melhorando o Jogo: A Globalização é Sustentável?”; sobre globalização e desenvolvimento sustentável, com as principais tendências para cada um dos mercados. A versão em inglês do PDF contendo a pesquisa está disponível aqui.

Participam, também, como palestrantes, o secretário-geral do Funbio, Pedro Leitão, que fará o painel de abertura do encontro e Ricardo Guimarães, sócio-diretor da Thymus Branding, que falará sobre branding como uma nova filosofia de gestão de relacionamentos e não apenas como gerenciamento de marca ou imagem. Mário Monzoni, coordenador do Centro de Estudos da Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV); Ricardo Arnt, jornalista e assessor de comunicação da presidência da Natura; e Liana John, editora da revista Terra da Gente, participam do evento como debatedores.

# AGENDA:
- II Diálogos Sustentáveis
- 14 de junho de 2007 - São Paulo
- A Biodiversidade no engajamento de stakeholders
- Local: Centro Brasileiro Britânico - Rua Ferreira de Araújo, 741, Pinheiros,
- Horário: 9h30 às 13h

terça-feira, 12 de junho de 2007

Dia do Cooperativismo destaca responsabilidade social

O 85º Dia Internacional do Cooperativismo, que será comemorado no dia 03 de julho, terá como mensagem-chave "Responsabilidade Social, essência do cooperativismo".

De acordo com comunicado de imprensa enviado hoje (12 de junho) pela assessoria de imprensa da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), os valores e princípios cooperativistas para a responsabilidade social corporativa foi o tema escolhido pelo Comitê para a Promoção de Cooperativas (Copac) para comemorar a data. O Copac é formado pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e agências de desenvolvimento da ONU.

As cooperativas agropecuárias, justamente pelo "DNA" de sua essência, têm um esforço de cultivar a integração, o bem-estar dos públicos envolvidos, a construção de vínculos sadios entre as partes, mais acentuado do que outras células rurais (fazendas, agroindústrias, entre outros grupos).

Esta característica faz das cooperativas um agente potencial para disseminação da responsabilidade social no setor rural, bem como no meio urbano, público este que deve merecer extrema atenção por parte do agronegócio, caso o segmento pretenda melhorar sua reputação junto à sociedade urbana.

Para mais informações sobre o Dia do Cooperativismo clique aqui.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Grandes frigoríficos aderem ao Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo

Neste recém encerrado mês de maio, três grandes frigoríficos brasileiros (Bertin, Friboi e Redenção) decidiram aderir ao Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. Segundo nota do site da ONG "Repórter Brasil", o acordo reúne empresas - como Wal-Mart, Petrobras, Amaggi e Carrefour - que se comprometem a erradicar o trabalho escravo em suas cadeias produtivas. Na prática, elas devem cortar relações comerciais com os empregadores da "lista suja" e com os fornecedores que comprem delas.

Essa articulação empresarial surgiu em maio de 2005, depois que um grupo de grandes companhias foi alertado pelo Instituto Ethos, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pela "Repórter Brasil" de que estavam comprando produtos advindos de propriedades rurais com trabalho escravo.

Esse mapeamento, baseado nas fazendas da "lista suja", foi feito pela "Repórter Brasil" em 2004. Todas as empresas detectadas como compradoras desses produtos foram convidadas por essas três instituições a conhecer o estudo e a se engajar na causa por meio da assinatura do Pacto.

A iniciativa dos frigoríficos é louvável, ainda que tardia. O setor do agronegócio precisa entender que não basta apenas argumentar que muitos dos casos citados como trabalho escravo não eram, sendo na verdade situações que iam de encontro à legislação trabalhista.

A questão é que o trabalho escravo precisa ser erradicado em sua totalidade e que esta responsabilidade não deve ficar restrita somente à fiscalização do governo federal. Os agentes do agronegócio precisam coibir a prática e acima de tudo investir em conscientização.

Precisam investir em campanhas que mostrem, por exemplo, que a prática do chamado "gato", indivíduo que intermedeia a contratação de mão-de-obra para lavouras sem vínculo empregatício, e, em muitos casos, sob a regência de contratos em que o trabalhador paga por equipamentos, vestuário, alimentação, alojamento, tem que acabar.

Além disso, o segmento tem que compreender também que o bem-estar de funcionários/colaboradores não é mais uma benesse e sim uma obrigação. São condutas deste porte que constroem a identidade institucional de uma atividade.

De nada adianta investir em marketing da carne, em selos de certificação, ou seja, em marcas, se a reputação é ruim. É pular etapas. A boa imagem se sustenta em verdades organizacionais, não em maquiagem.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Instituto Ethos promove Conferência Internacional 2007 - Empresas e Responsabilidade Social

O Instituto Ethos promove na próxima semana (12 a 15 de junho) em São Paulo (SP) a nona edição da Conferência Internacional 2007 - Empresas e Responsabilidade Social.

O seminário, realizado em parceria com o Instituto Akatu, o Pnud - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e com o Pacto Global das Nações Unidas, é considerado um dos maiores fóruns de discussão da gestão socialmente responsável e da sustentabilidade no mundo.

As atividades, divididas em plenárias, mesas-redondas, painéis temáticos e oficinas de gestão, vão abordar os principais dilemas e os avanços da sustentabilidade no Brasil, com destaque para:

# Como implementar políticas de combate à corrupção;

# Desafios para a construção de cidades sustentáveis;

# Responsabilidade social nas Américas: Desdobramentos do Projeto Forum Empresa – BID ( Banco Interamericano de Desenvolvimento);

# Como as atividades culturais contribuem para o desenvolvimento sustentável;

# Mudanças climáticas: caminhos para o enfrentamento – empresas, poder público e consumidores;

# Políticas de combate ao trabalho escravo: desafios para a implementação;

# Desafios para a utilização sustentável da água;

# Promoção da diversidade e da eqüidade no mercado de trabalho,

Para mais informações clique aqui.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Bunge divulga relatório de sustentabilidade 2007

A Bunge comunicou nesta terça-feira (05) a divulgação do seu relatório de sustentabilidade 2007. Para acessá-lo clique aqui.

A empresa é uma das que mais investem em responsabilidade socioambiental no agronegócio. Conta inclusive com um braço social, a Fundação Bunge. Por este posicionamento é que a Bunge foi o estudo de caso da monografia que produzi sobre a comunicação atuando na disseminação da responsabilidade socioambiental do agronegócio.

Confira no post ao lado intitulado "O porquê do blog: o maior desafio do agronegócio é expressar (bem) sua responsabilidade socioambiental" o link de acesso ao trabalho.

E abaixo leia entrevista com Michel Henrique Reis dos Santos, Gerente de Comunicação e Marketing Corporativo da Bunge Brasil.

Como os valores de sustentabilidade são disseminados entre o público interno, desde o alto escalão até o chão da fábrica? Como é promovido o envolvimento de funcionários e colaboradores, com as práticas de responsabilidade social e ambiental?

Michel Henrique Reis dos Santos: Nossa política de sustentabilidade foi elaborada a partir de consultas a stakeholders internos e externos. As diretrizes empresariais seguem os tópicos abordados na política, sendo essa uma ótima forma de permear os valores e mantê-los ativos. Assim, as ações derivadas são trabalhadas em toda a empresa, e a política pode ser exercida em todas as esferas e ações. Existe, assim, constante disseminação dos valores de sustentabilidade.

Projetos específicos são, também, trabalhados procurando o envolvimento das pessoas e garantindo a perenização do tema. Não existe uma pasta específica na empresa, existe o comprometimento de cada área. Existem programas de responsabilidade ambiental junto ao público externo e nas operações da empresa.

Com o público interno existem, ainda, iniciativas que promovem a educação dos funcionários e a possibilidade de levar essa informação adquirida aos seus familiares. No âmbito social, da mesma forma. Existem, ainda, projetos de voluntariado e a Fundação Bunge, com projetos de mais de 50 anos por sua atuação.

Dentro da política de promover a sustentabilidade, como é o 'diálogo' entre as várias áreas da comunicação (institucional, relações públicas, marketing, publicidade) da empresa para a construção de um processo de comunicação integrado? Ou cada área trabalha de forma compartimentada?

Michel Henrique Reis dos Santos: Existe a concentração do tema em minha área. Somos responsáveis, então, por promover a comunicação corporativa para o público externo e interno. Dessa forma, a comunicação é única, além de promover iniciativas de replicação em outras áreas para gerar maior aderência em toda a comunicação das áreas de negócio. Ainda, quando estamos na época de montar o relatório de sustentabilidade, as áreas têm a oportunidade de transmitir de forma consolidada suas ações, além de traçar metas de evolução para os próximos períodos.

Como a comunicação externa institucional da Bunge colabora para disseminar a política de sustentabilidade da empresa? Que processos e peças de comunicação são desenvolvidos e para quais principais públicos?

Michel Henrique Reis dos Santos: Em cada peça de comunicação são enfatizados os valores e objetivos, chamando a participação dos stakeholders. Existe variação espacial, de acordo com o grupo de interesse / região, mas a unidade da informação é mantida por meio de campanha de comunicação, vídeos, anúncios, materiais de apoio e folders, além de participação em eventos específicos e outros com clientes / stakeholders.

A comunicação mercadológica promovida pela Bunge também tem como objetivo passar ao consumidor os valores responsáveis da empresa? Se sim, como e por quê?

Michel Henrique Reis dos Santos: Sim, a fim de multiplicar os canais e manter a coerência da imagem da empresa. Com isso, fortalecemos a identidade das marcas.

Para fechar, quais os principais resultados que a "comunicação responsável" ofereceu para a empresa?

Michel Henrique Reis dos Santos: Desde que começou o processo mais expressivo de comunicação corporativa da Bunge, houve uma evolução na maneira da empresa se expressar. Ainda estamos iniciando a comunicação dos processos de sustentabilidade da empresa, mas os resultados com clientes / mercado têm sido bastante significativos: imagem fortalecida, transparência e percepção positiva junto aos mercados trabalhados.

Sabemos, contudo, que temos um grande trabalho pela frente, o que nos impulsiona na contínua melhoria dos processos. Nosso relatório de sustentabilidade já está no padrão internacionalmente referido - GRI-, abordamos os assuntos com rapidez e estamos envolvidos em iniciativas pró-ativas a fim que nossas operações mantenham o nível de excelência com o qual nos comprometemos com acionistas e sociedade.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Instituto vai expressar a responsabilidade socioambiental do agronegócio

O setor do agronegócio começa a se articular de forma integrada para contra-atacar manifestações que contestam seu foco na sustentabilidade. As principais entidades representativas do setor preparam o lançamento de um instituto que irá consolidar o posicionamento do agronegócio sobre o tema a fim de promover a expressão da responsabilidade socioambiental do segmemto.

Já batizado de Ares (Instituto para o Agronegócio Responsável), o instituto terá como missão "contribuir para o desenvolvimento da sustentabilidade, com ênfase na atividade agropecuária e agroindustrial brasileira por meio da geração e difusão de conhecimento especializado e estruturação de canais permanentes de diálogo com as partes interessadas", diz o texto de apresentação.

O comunicado destaca que o agronegócio vem sendo alvo de ataques frequentes, nem sempre fundamentados em situações reais e verdadeiras. Pontua que diante do agronegócio brasileiro, por sua amplitude e relevância no mercado internacional, ser objeto prioritário de discussões sobre sustentabilidade, urge a necessidade de geração de conhecimento organizado, o estabelecimento de diálogo estruturado com a sociedade civil e a comunicação consistente dos fatos relacionados à temática socioambiental do setor.

Em sua nota de apresentação, o Ares alerta que o risco para o agronegócio é real - caso o setor não atue de forma prepositiva nas questões socioambientais - concretizando-se em entraves como barreiras tarifárias e não-tarifárias, capacidade de expansão, uso de tecnologias e conflitos sociais.

O instituto tem como principais objetivos:

# constituir um centro de estudos e suporte técnico especializado sobre desenvolvimento sustentável na atividade silvo agropastoril e na agroindústria, levando em conta todos os fatores que afetam a base da sustentabilidade, tais como meio ambiente, questões sociais e os componentes econômicos;

# promover e apoiar o diálogo com os setores público e privado, com as ONGs e demais partes interessadas sobre questões de desenvolvimento sustentável;

# apoiar os formuladores de políticas nos temas que se relacionam com a sustentabilidade, principalmente no campo do agronegócio;

# atuar como disseminador de informações sobre sustentabilidade agroindustrial nos âmbitos nacional e internacional.

O texto de apresentação do Ares ressalta que o instituto irá pautar sua atuação por meio de:

# desenvolvimento de estudos técnicos;

# base de dados sobre sustentabilidade e agronegócios;

# estratégia de comunicação;

# cursos e seminários;

# participação em eventos ligados ao tema;

# ação junta ao Governo.

A iniciativa de criação do Ares, mesmo que tardia, é extremamente válida. Denota percepção do setor acerca do tema. Porém, o caminho está apenas, somente e só começando para que o agronegócio incorpore à sua identidade institucional o valor "responsabilidade socioambiental", que favoreça a construção de um modelo de negócios "sustentável". O setor precisa e vai precisar de profissionais especializados em comunicação, gestão ambiental, responsabilidade social, marketing, advogados, entre tantos outros. Este blog irá acompanhar este processo.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

O porquê do blog: o maior desafio do agronegócio é expressar (bem) sua responsabilidade socioambiental

Ajustar-se à tríade ambientalmente adequado, socialmente justo e economicamente viável é o desafio do agronegócio brasileiro. O setor tem uma imagem negativa junto a diversos públicos de interesse, já que ainda é percebido de forma preponderante pelo prisma “de que o que interessa é o resultado econômico” em detrimento a questões socioambientais. Este cenário despertou os atores do segmento a investir na responsabilidade socioambiental.

O parágrafo acima fez parte da apresentação da minha monografia relativa à pós-graduação em comunicação organizacional/relações públicas, que concluí em 2006. O tema escolhido foi como a comunicação integrada vem auxiliando a disseminar a responsabilidade socioambiental no agronegócio.

A proposta foi estudar se produtores rurais, líderes setoriais e executivos da agroindústria entendem (e acima de tudo acreditam) na responsabilidade socioambiental como agente transformador para uma nova forma de se fazer negócio.

Se a responsabilidade socioambiental assume, no agronegócio, a característica de diferencial competitivo, colaborando para construção de um capital reputacional responsável para o setor, com foco no verdadeiro "desenvolvimento sustentável".

Ou se ainda trabalham o conceito de modo superficial, como pura ferramenta de marketing, apenas como uma espécie de verniz de cuidado com o meio ambiente ou solidariedade ao entorno social, em busca de uma imagem organizacional positiva, que possa lhe render retorno financeiro.

A monografia nasceu desta indagação. É possível baixá-la para o seu computador clicando aqui.

E este blog surgiu como desdobramento, com o objetivo de promover a reflexão sobre o assunto e modestamente contribuir para fortalecer o processo de uma comunicação integrada, que expresse a gestão socioambiental responsável do agronegócio.

É com esta proposta que estreamos o AgroResponsável neste dia mundial do Meio Ambiente. De agora em diante, iremos expor as iniciativas de responsabilidade socioambiental do agronegócio, analisar como estas ações estão sendo disseminadas, sob o ponto de vista da comunicação integrada aliada ao conceito de RSE, e identificar situações que possam se transformar em programas de responsabilidade socioambiental, que gerem benefícios e frutos a realizadores e públicos envolvidos.

Conto com vocês!